segunda-feira, 21 de junho de 2010

O hábito das Mercês, o Escapulário e Escudo.





O hábito: As vestes expressam, muitas vezes, uma função, um estado de espírito, uma tarefa a executar. O sentido religioso da veste está presente nas mais diferentes religiões. Na história do cristianismo, essa identificação adquire profundidade de mistério, quer manifestar publicamente a mais viva entrega a Deus e ao seu projeto de salvação .

O Escapulário:Na Aparição de 1° de agosto de 1218 a Pedro Nolasco, Maria lhe entrega um escapulário branco e revela que quem o usar como hábito da Instituição que ela está mandando fundar, contrai perante Deus um compromisso solene de oferecer a própria vida, se necessário, em favor do pobre oprimido. Será a hipoteca de coragem decidida e ato sublime de heroísmo evangélico. O escapulário é considerado peça santa e nobre. Nele estão simbolizados os favores e mercês que a Virgem dispensa aos seus filhos. Seu uso significa participação, projeto de redenção dos cativos, ou excluídos da sociedade.

O Escudo: O escudo posto sobre o escapulário não é uma simples insígnia decorativa, ou de ostentação. A cruz branca em campo vermelho, encimando quatro barras também vermelhas sobre fundo de ouro, lembra a redenção do Senhor, derramando seu sangue pela humanidade. Passou desta forma a ser sinal sensível de que, quem o leva está pronto a dar sua vida pelo próximo. Expressa o heroísmo evangélico de quem se compromete com o mundo da catividade. Tornou-se um brasão de significado religioso e sobrenatural e estará sobre o peito dos que devem ou querem exercer a caridade em grau heróico, cumprindo. com voto solene, o mandamento divino do amor. Este voto levou ao martírio mais de dois mil religiosos. Assim, o escudo nas Mercês é hábito e traduz a prática libertadora. Pertence à essência mesma da espiritualidade mercedária. É um sacramental desta advocação. Forma com o hábito uma unidade indivisível.