sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Salve a Rainha e Mãe das Mercês!!!


" Deus depositou a plenitude de todo bem em
 Maria,  para que nisso conhecêssemos
 que tudo o que temos de esperança,
graça e salvação, dela, deriva até nós "

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Assunção e Glória de Nossa Senhora


Uma das mais doces verdades da nossa fé é o mistério da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma aos céus. A cheia de graça, a que nunca pecou, não podia ficar sujeita à corrupção da morte, estabelecida por Deus como castigo do pecado. Por isso, a Igreja definiu solenemente – expressando uma verdade que, desde tempos antiqüíssimos, era patrimônio da fé do povo cristão – que “a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, completado o curso da sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória do Céu” (Pio XII, Const. Ap. Munificentissimus Deus, de 01.11.1950).


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

15 de Agosto - Nossa Senhora da Boa Morte

A devoção a Nossa Senhora da Boa Morte chegou aos cristãos do Ocidente, através da tradição cristã do Oriente, sob o título de 'Dormição da Assunta'. Talvez, esse seja o culto mariano mais antigo, iniciado logo nos primeiros séculos do cristianismo.


A última metade do século V foi marcada pela propagação de uma literatura apócrifa, isto é, escrita na época dos fatos, mas não incluída na Bíblia, sobre a morte e assunção da Virgem; e a construção de uma Basílica para venerar o túmulo da Mãe de Deus, por ordem da imperatriz Eudóxia. Isso acabou provocando a mudança do conteúdo temático do culto de 15 de agosto, para a 'Dormição da Assunta', já no início do século VI.

Os escritos apócrifos revelavam que, a Virgem Maria teria entrado em 'Dormição', isto é, entrado no sono da morte rodeada pelos apóstolos. O seu corpo imaculado foi levado por eles a um sepulcro novo no Getsêmani. Três dias depois, eles voltaram ao local e o encontraram vazio e com odor de flores. A Mãe fora 'Assunta', isto é, subira ao céu em corpo e alma.

No século VII, o imperador Maurício prescreveu que essa festa mariana fosse celebrada em todos os seus domínios, como uma das mais importantes. E finalmente, o Papa Sérgio I a introduziu na liturgia de Roma. Desse modo, o culto 'Dormição da Assunta' ou 'Dormição da Mãe de Deus' alcançou toda a Igreja, do Oriente e do Ocidente.

A Igreja do Oriente se dedicou ao culto da devoção da Mãe de Deus, até por ser a mais primitiva. Muitas igrejas cobertas de ícones sagrados foram erguidas em todas as regiões, nesse período bizantino. Os lugares sagrados, marcados pelos acontecimentos da Revelação do Mistério de Deus, foram guardados dentro de magníficos templos cobertos de ícones. Os ícones não foram feitos para adornar o templo, são pinturas que representam os símbolos sagrados da Igreja e descrevem o Evangelho. Assim, uma grande profusão de ícones invadiu a Igreja do Ocidente, especialmente os da Mãe de Deus.

A Virgem Santíssima, além de ser invocada e representada em 'Dormição', foi chamada de 'Assunta', como seu filho foi elevada ao céu, pelo mérito de Cristo, obtendo a Redenção corpórea. Venerar a Boa Morte de Nossa Senhora sempre foi uma grande festa, para os cristãos. Ela é a primissa da glorificação do corpo e da alma, assegurada por Cristo no final dos tempos.

Antigamente o culto iniciava na véspera, com a deposição da imagem da Virgem 'dormente', num esquife e ficava exposta à visita dos fiéis até a manhã da festa, quando era retirada e colocada a imagem triunfal de Nossa Senhora da Assunção. Em algumas localidades essa tradição se manteve inclusive nas Américas que herdou o culto dos missionários espanhóis e portugueses.

O dogma da Assunção de Maria só foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1950, como conseqüência lógica de intensos estudos históricos e teológicos patrocinados pela Igreja ao longo desses séculos. Ele só fez coroar uma fé sempre professada universalmente por todo o Povo de Deus..

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Julho - Mês dedicado a Nossa Senhora do Carmo


"NOSSA SENHORA DO CARMO E A DEVOÇÃO AO ESCAPULÁRIO".





Conhecer a Virgem Santíssima e o que Deus fez em sua vida e os carismas que dela fez brotar eis o que constitui a verdadeira devoção à Mãe de Jesus e nossa mãe amada. Ela mesma por inspiração do Espírito Santo nos ensina o caminho da verdadeira devoção: “E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo”. (Lc 1,46-49).

Quando Isabel, grávida de João Batista, recebeu Maria grávida de Jesus em sua casa; imediatamente proclamou a verdade da devoção à Mãe do nosso Salvador: ”Isabel, cheia do Espírito Santo, exclamou: bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!” (Lc 1,42-45); de fato, esse foi o primeiro relato de devoção a Nossa Senhora de que temos conhecimento na história da salvação.

Vejamos agora como surgiu o Carisma e a devoção a Nossa Senhora do Carmo e ao escapulário. “No dia 16 de julho, celebra-se na Igreja Católica, a memória de Nossa Senhora do Carmo, um título da Virgem Maria que remonta ao século XIII, quando, no monte Carmelo, Palestina, começou a formar-se um grupo de eremitas. Estes, querendo imitar o exemplo do profeta Elias, reuniram-se ao redor de uma fonte chamada "fonte de Elias", e iniciaram um estilo de vida que, mais tarde, se estenderia ao mundo todo. Devido ao lugar onde nasceu, este grupo de ex-cruzados e eremitas foi chamado de "carmelitas".¹

“Expulsos pelos sarracenos no século XIII, os monges que haviam, entretanto, recebido do patriarca de Jerusalém, santo Alberto, uma regra aprovada em 1226 pelo Papa Honório III, se voltaram ao Ocidente, e aí na Europa fundaram vários mosteiros, superando várias dificuldades, nas quais, porém, puderam experimentar a proteção da Virgem. Um episódio em particular sensibilizou os devotos: “Os irmãos suplicavam humildemente a Maria que os livrasse das insídias infernais. A um deles, são Simão Stock, enquanto assim rezava, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de uma multidão de anjos, segurando nas mãos o escapulário da ordem e lhe disse: Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo”.

O que é o escapulário?

A palavra escapulário vem do latim “escapula” que significa armadura, proteção. A função do escapulário na história da Igreja é muito parecida com a do rosário, constituindo-se numa das mais antigas e populares formas de devoção à Virgem Maria.

O escapulário é um sacramental, ou seja, uma realidade visível, que nos conduz a Deus, com sua graça redentora, seu perdão e promessas. Santa Tereza (reformadora da Ordem das freiras carmelitas juntamente com São João da Cruz) dizia que portar o escapulário era estar revestido com o hábito de Nossa Senhora.

Numa bula de 11 de fevereiro de 1950, Pio XII convidava a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos”: entendido como veste Mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste; enquanto sacramental, extrai o seu valor das orações da Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam”.²

Com a proteção da Virgem do Carmelo por quem nos veio o Salvador, vivamos a realização das promessas divinas pelas quais obteremos a salvação eterna de nossas almas. Amém, assim seja!

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.



Fontes:


¹ Cônego Pedro Carlos Cipolini - Doutor em Teologia (Mariologia).


http://www.basilicadocarmocampinas.org.br/devocao_historia.htm (20/05/09).


² Maria do Carmo Hakim Silva


Artigo extraído do jornal "Jesus te Ama", edição de julho/2007,


publicação da "Comunidade de Aliança Jesus te Ama".


http://www.basilicadocarmocampinas.org.br/devocao_historia.htm (20/05/09).


Frei Fernando


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segunda-feira, 21 de junho de 2010

O hábito das Mercês, o Escapulário e Escudo.





O hábito: As vestes expressam, muitas vezes, uma função, um estado de espírito, uma tarefa a executar. O sentido religioso da veste está presente nas mais diferentes religiões. Na história do cristianismo, essa identificação adquire profundidade de mistério, quer manifestar publicamente a mais viva entrega a Deus e ao seu projeto de salvação .

O Escapulário:Na Aparição de 1° de agosto de 1218 a Pedro Nolasco, Maria lhe entrega um escapulário branco e revela que quem o usar como hábito da Instituição que ela está mandando fundar, contrai perante Deus um compromisso solene de oferecer a própria vida, se necessário, em favor do pobre oprimido. Será a hipoteca de coragem decidida e ato sublime de heroísmo evangélico. O escapulário é considerado peça santa e nobre. Nele estão simbolizados os favores e mercês que a Virgem dispensa aos seus filhos. Seu uso significa participação, projeto de redenção dos cativos, ou excluídos da sociedade.

O Escudo: O escudo posto sobre o escapulário não é uma simples insígnia decorativa, ou de ostentação. A cruz branca em campo vermelho, encimando quatro barras também vermelhas sobre fundo de ouro, lembra a redenção do Senhor, derramando seu sangue pela humanidade. Passou desta forma a ser sinal sensível de que, quem o leva está pronto a dar sua vida pelo próximo. Expressa o heroísmo evangélico de quem se compromete com o mundo da catividade. Tornou-se um brasão de significado religioso e sobrenatural e estará sobre o peito dos que devem ou querem exercer a caridade em grau heróico, cumprindo. com voto solene, o mandamento divino do amor. Este voto levou ao martírio mais de dois mil religiosos. Assim, o escudo nas Mercês é hábito e traduz a prática libertadora. Pertence à essência mesma da espiritualidade mercedária. É um sacramental desta advocação. Forma com o hábito uma unidade indivisível.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vim Apenas te Ver.


Não leves a mal

que eu esqueça

os pedidos que me fizeram

para eu te fazer.

Não é egoísmo, Senhora,

e a prova é que não farei também

nenhum pedido para mim,

nem desejo serenar-me,

contemplando teu rosto sereno.

Em nome de todos os homens

que vivem te suplicando,

em nome de todos os irmãos

que já se aproximam de ti

de mãos estendidas,

deixa que eu esqueça um momento

o vale de lágrimas,

nossa miséria de mendigos,

nossa pobreza de criaturas,

nossa tristeza de pecadores,

para saudar-te,

Rainha dos Anjos

Virgem-Mãe de Deus!



Bendito seja o Criador

de tuas mãos sem mancha

por onde passa toda a luz

que tomba sobre a escuridão dos homens!



Bendito seja o Criador

de teu olhar boníssimo

que tem o dom

de acender a esperança

nas almas desalentadas,

nos corações em desespero,

à beira do abismo,

do irremediável,

do fim!



Bendito seja o Criador

de tua sombra suavíssima

pois já notei,

Mãe querida,

que basta a tua lembrança,

o teu perfume

para encher a solidão da vida

a solidão do homem.

Mãe, não quero nada.

Vim apenas te ver.

(Do livro “Nossa Senhora no Meu Caminho”, D. Helder Câmara, Ed. Paulus, 2005)